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O homem “admirável” e prémio Nobel que deixa um legado de paz.

Jimmy Carter morre aos 100 anos

 |  Alexandra Ferreira  |  ,

As reações à morte de Jimmy Carter não páram de aparecer nas redes sociais.

O antigo presidente dos Estados Unidos da América e Nobel da Paz (2002) Jimmy Carter morreu na sua casa na Geórgia, domingo, aos 100 anos.

A notícia da morte gerou uma onda de reações e comoção a nível mundial, com muitas recordações e exaltação ao legado do Nobel da Paz.

Nos Estados Unidos, o ainda presidente, o presidente eleito, mas também antigos ocupantes da Casa Branca pronunciaram-se.

Joe Biden exaltou “um homem de princípios, fé e humildade” e anunciou que deu instruções para que se realize um funeral de Estado para Carter em Washington, enquanto o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, considerou que os norte-americanos devem “gratidão” a Carter.

Outros antigos ocupantes do cargo saudaram-no pelo serviço aos outros, como Bill Clinton e a sua mulher, Hillary, que foi candidata presidencial, dizendo num comunicado que “trabalhou incansavelmente por um mundo melhor e mais justo”.

George Bush, disse que o que o seu distante antecessor realizou “inspirará gerações de americanos”. 

Já o ex-presidente democrata Barack Obama enalteceu um “homem admirável que ensinou a todos o que significa viver com elegância, dignidade, justiça e serviço”. 

Fora dos EUA também se sente a morte de Carter.

Reações, como do presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, que elogiou o “papel importante” para a paz entre Egito e Israel do ex-presidente norte-americano, arquiteto dos Acordos de Camp David de 1978, um prelúdio do primeiro tratado entre Israel e um país árabe.

Também o presidente israelita, Isaac Herzog, agradeceu a Jimmy Carter pelo apoio à normalização das relações entre Egito e Israel. 

primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, sublinhou as “conquistas históricas” de Carter na “diplomacia da paz” e a China,  através da porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros expressou as suas “profundas condolências” na sequência da morte, falando da sua “contribuição significativa para o desenvolvimento das relações sino — norte – americanas e para a promoção de intercâmbios amigáveis e da cooperação entre as duas nações”.

O Presidente angolano, João Lourenço, expressou pesar pela morte do antigo Presidente dos Estados Unidos América (EUA) Jimmy Carter, destacando o seu percurso exemplar e capacidade negocial na resolução de conflitos no contexto da guerra fria.

EM PORTUGAL AS REAÇÕES TAMBÉM NÃO TARDARAM…

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou a morte do antigo chefe de Estado norte-americano, recordando o seu “apoio simbólico” à consolidação democrática em Portugal.

Numa nota divulgada na página oficial da Presidência da República, Marcelo “destacou os esforços incansáveis de Jimmy Carter na promoção dos direitos humanos e da paz na cena internacional, temas a que dedicou parte significativa da sua vida após a conclusão da sua presidência e nos anos finais da sua vida”.

O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, manifestou pesar pela morte de Carter, recordando uma “referência moral global da democracia e dos direitos humanos”.

É e será uma referência moral global da democracia e dos direitos humanos. Apresento condolências à família, ao Presidente dos Estados Unidos da América e ao povo americano“, escreveu numa mensagem na rede X.

António Costa, presidente do Conselho Europeu, recordou o legado na defesa dos direitos e dignidade humana de Jimmy Carter e descreveu-o como “uma inspiração”. 

O Presidente Jimmy Carter colocou os direitos humanos, a dignidade humana e a paz no centro da sua vida política”, escreveu Costa na rede X.

Também na mesma rede social, a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, recordou Carter como o “incansável defensor da paz e dos direitos humanos”, sendo o Nobel da Paz “o testemunho do seu papel decisivo na resolução de conflitos que mudaram o curso da história”.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse estar “profundamente triste” com a morte do ex-presidente norte-americano, de quem destacou o legado na paz e segurança mundiais.

O chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, prestou homenagem a Carter, que “defendeu os direitos das pessoas mais vulneráveis e liderou incansavelmente a luta pela paz”, enquanto o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, exaltou o seu legado político e definiu-o como “um amante da democracia, defensor da paz e dos direitos humanos”.

QUEM FOI JIMMY CARTER?

Eleito para a Casa Branca em 1976, vencendo o então presidente Gerald Ford por uma margem de votos tangencial e num país ainda marcado pelo escândalo ‘Watergate’ que forçou o presidente Richard Nixon a demitir-se, Carter assumiu o cargo de 39.º presidente dos Estados Unidos apenas durante quatro anos.

O político democrata, que votou nas últimas eleições presidenciais norte-americanas, realizadas em 05 de novembro, tinha sido submetido a tratamentos para tentar travar uma forma agressiva de melanoma, com tumores que se espalharam ao fígado e ao cérebro.

Retirado de toda a vida pública, Jimmy Carter beneficiava de cuidados paliativos na sua casa em Plains, estado da Georgia, desde fevereiro de 2023.

A sua última aparição pública aconteceu em novembro de 2023, durante o funeral da sua mulher, Rosalynn.

Carter, um homem que falava frequentemente da sua fé cristã, era o mais velho presidente norte-americano ainda vivo.

O funeral de Estado do antigo presidente norte-americano vai realizar-se em Washington, a 9 de janeiro, confirmou a Casa Branca.

O ainda presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou 9 de janeiro como dia de luto nacional. De acordo com a imprensa norte-americana, Biden já tinha programada uma viagem a Roma, Itália, no dia 9 de janeiro, não se sabendo se as cerimónias terão impacto na sua agenda.

Biden já tinha anunciado que deu instruções para que se realize um funeral de Estado para Carter em Washington.

Com LUSA e Rede Social X

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@reprodução Redes Sociais/X

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