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MARISA TEIXEIRA
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IVA a 23% nos veterinários leva a mais abandonos e animais sem cuidados

Levar um cão ou gato ao veterinário é uma fortuna! Há muitos donos que não conseguem levar o seu animal a precisar de cuidados a um veterinário. A conta é sempre de arrepiar, mesmo aqueles que podem pagar estas despesas. Todos reclamam… e é verdade, é também uma vergonha a taxa do IVA de 23% fixada para os serviços médicos veterinários.

Na verdade, essa taxa aumenta o preço do total da fatura verterinária quando se fazem as contas finais. Se fizerem as contas o fisco consegue arrecadar anualmente 32 milhões de euros em IVA com receitas de serviços verterinários. É que são 23 por cento em cima daquilo que a pessoa vai pagar. Dinheiro que entra automaticamente nos cofres do Estado.
E ainda nos dá mais raiva saber que os únicos serviços médicos taxados com IVA são os veterinários! Inconcebível? Não. É a realidade. Todos se queixam mas ninguém parece conseguir fazer nada.
Para mim isto é um verdadeiro roubo a quem ainda cuida dos seus animais. Ter de pagar estas faturas leva a que mais e mais e mais donos abandonem o seu animal ou o deixem a morrer sem tratamento.
Um Estado que só pensa em arrecadar dinheiro com a desgraça alheia não pode estar a ser correto. É URGENTE que se baixe esta taxa de IVA de 23% para o mais baixo que se conseguir.
Para quem gosta e protege animais é essencial que a saúde dos animais não passe por se pagar pequenas fortunas aos veterinários, ou melhor, ao Estado que mete logo ao bolso mais 235 sobre o preço real dos serviços.

Ausência de cuidados médicos e pontencial abandono é o saldo final. E lá vai parar mais um mais dois ou três a uma associação que já está a abarrotar de abandonados ou largados pelos próprios donos por falta de poder económico para continuarem a cuidar dos seus animais de companhia.

Ao Estado o abandono de animais custa anualmente “110 milhões de euros”, de acordo com o novo bastonário da Ordem dos Advogados, que no seu discurso de posse falou deste mesmo problema e adiantou alguns números e efeitos da taxa.

“Gastamos mais com animais encarcerados do que gastamos na autoridade alimentar e veterinária em Portugal, e fazemo-lo sem esperança de controlo da situação”, lamentou, defendendo “agilidade nas contraordenações, fiscalização ativa e restrição reprodutiva aos cães e gatos que não estejam registados como reprodutores”.

Créditos Imagem:

Werzk Luuuuuuu; Flouffy; Markus Winkler; Kishore Ragav Ganesh Kumar

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