Da espécie ‘Crocodylus Niloticus’, GUSTAVE foi o nome dado a uma bisarma com pouco mais de 6
metros de comprimento e quase uma tonelada de peso:‘crocodilo do Nilo’ ao qual se atribuíu a morte de 200-300 pessoas e que durante décadas passeou a sua imponente envergadura no Burundi em zonas ribeirinhas do Rio Ruzizi, que desagua no Lago Tanganica.
Observado de perto, na sua espessa carapaça notavam-se cicatrizes de três ferimentos à bala. Em 2019 surgia a notícia de que Gustave tinha sido morto, sem que houvesse provas concludentes; calculava-se que contasse então com para cima de 60 anos de idade.
O Crocodilo do Nilo é uma espécie cujo habitat se dá em cursos fluviais e lacustres, em para cima de uma vintena de países da África subsaariana (sem esquecermos o Rio Nilo a jusante, de cujo nome derivou o desta espécie, que desagua no Mar Mediterrânico).
São às centenas, anualmente, os casos de ataques a gentes de faixas ribeirinhas, lavadeiras e pescadores entregues à sua azáfama nas margens do rio. Uma vez mergulhado, notam-se pratica e unicamente os seus olhos à superfície da água, quando o crocodilo se aproxima da sua presa silenciosa e subrepticiamente.
Há barreiras de caniços enterrados no leito do rio, levantadas por habitantes de tais áreas ribeirinhas, na tentativa de evitarem que o crocodilo avance por terra dentro. Mas mesmo em terra o crocodilo pode facilmente apanhar qualquer incauto humano, por lhe ser mais rápido.
CASSIUS teve maior envergadura (que GUSTAVE), sendo dado esse nome a um Crocodilo de Água
Salgada (‘Crocodylus Porosus’), com cerca de 6,20m, para cima de uma tonelada de peso e uma centena de anos de idade, mantido no cativeiro em Bunawan nas Filipinas e cuja preservada carcaça se encontra no Museu de História Natural de Manila.
Este tipo de crocodilo é encontrado em águas do litoral de vários países asiáticos, assim como da Austrália.
Falando de recordes, o maior dos crocodilos conhecidos pela Ciência é o de um fóssil encontrado numa região do Deserto do Saara, de espécie intitulada ‘Sarcosuchus Imperator’, que terá medido cerca de 12,30 metros e pesado cerca de 8 toneladas.
De há 9.000 a 5.000 anos A.C. o Saara registava chuvas de monções alagando imensidões fluviais que serviam de fonte de irrigação e de abastecimento de água a populações ribeirinhas de então.
Em África, para animais que emigram em certas alturas do ano, farejando-lhes onde irão encontrar
luxuriantes pastagens ao seguirem o que o cinzento-chumbo de núvens carregadas nos céus lhes indica – manadas de búfalos, de bois-cavalo, de zebras e de vários tipos de antílopes – a travessia de rios leva à perda de muitos deles. Ali os esperam crocodilos, para os quais tais migrações de herbívoros são alturas de abundância.
O crocodilo abocanha a presa e arrasta-a para o fundo do rio ou lago, onde esta se afoga. Depois
‘esconde’ a carcaça no meio de caniçais, que ‘visita’ a seu bel-prazer para a ir devorando.
Assim também já tragicamente desapareceram várias pessoas, que ao arriscarem a tentativa da travessia a nado do Rio Limpopo (fronteira natural entre a África do Sul e o Zimbabwe) foram apanhadas por crocodilos.
De inimigos naturais o Crocodilo do Nilo só pode temer o não menos corpulento Hipopótamo. Há
testemunhos de hipopótamos que se juntam e atacam crocodilo que tenha abocanhado um deles.
O crocodilo, como o tubarão, a tartaruga, o caranguejo-ferradura, certas serpentes e a barata são exemplos de animais que sobreviveram Extinções no passado terrestre.