Ex-candidata enviou participação à PGR onde pede ilegalização do Chega e uma investigação ao seu financiamento. Não é de agora, pois Ana Gomes já tinha avisado que, caso fosse eleita, iria avançar com o pedido de “reapreciação da legalização do Chega”. Não foi, mas decidiu avançar com queixa na Procuradoria-Geral da República (PGR), mesmo sem o apoio do líder do PS, e primeiro-minstro António Costa, para quem a ilegalização não é resposta.Reunindo uma longa lista com citações e publicações de vários media a justificar a pretensão, Ana Gomes decidiu assim avançar com o pedido formal, segundo o Diário de Notícias. “O Tribunal Constitucional e o Ministério Público não podem continuar a eximir-se à responsabilidade que lhe está cometida”, frisa a antiga diplomata, solicitando à PGR que “instrua o MP a desencadear um processo de reapreciação da legalidade do Partido Chega pelo TC e de consideração da eventual extinção judicial desse partido”.
Na ação submetida, pede ainda que se investigue a origem do financiamento do partido e seus líderes e “as agressões, ameaças e incitamentos à violência que o referido partido, seus dirigentes e diversos militantes vêm desencadeando contra jornalistas e ativistas políticos, incluindo a signatária”, garantindo ter sido alvo de “ameaças e ofensas” no Twitter, denunciadas e sempre que detetadas, “incluindo com a ominosa instigação pública “não és bem vinda”.Sublinhando que “cabe ao MP requerer a extinção de partidos políticos qualificados como partido armado ou de tipo militar, militarizado ou paramilitar, ou como organização racista ou que perfilha a ideologia fascista”. Se tal não fizer efeito, a ex-candidata garante que fará chegar a participação “à presidente da Comissão Europeia, ao presidente do Parlamento Europeu, ao diretor da Agência dos Direitos Fundamentais da União Europeia, ao secretário-geral do Conselho da Europa, ao secretário-geral da ONU e aos diretores da Europol e do Eurojust.
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