AGronelândia perde uma média de 30 milhões de toneladas de gelo por hora – mais 20% do que se pensava anteriormente – devido às alterações climáticas. Quem revela este drama é o novo estudo feito pelos investigadores do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA.
A noticia vem no jornal The Guardian e diz que foram analisadas mais de 240 mil imagens de satélite, registadas todos os meses, entre 1985 e 2022, tendo-se chegado à conclusão de que “quase todos os glaciares da Gronelândia diminuíram ou recuaram nas últimas década”.
Chad Greene, glaciologista do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA nos EUA e líder da investigação, garante que “as mudanças em torno da Gronelândia são tremendas e em todo o lado”.
Os cientistas estão preocupados com o facto de água doce a mais provocar o colapso ou enfraquecimento da circulação meridional do Atlântico (AMOC), responsável por transportar água quente do Atlântico Sul para o Norte. Em agosto de 2021, encontrava-se no nível mais fraco desde há 1.600 anos.
Caso aconteça, “teria impactos profundos no Reino Unido, na Europa Ocidental, em partes da América do Norte”, provocando um clima ainda mais instável.
Esta descoberta da NASA é importante para calcular o desequilíbrio energético da Terra; quanto calor solar extra a Terra está a reter devido às emissões de gases de efeito estufa causadas pelo homem, disse Chad Greene.
“É preciso muita energia para derreter uma tonelada de gelo. Portanto, se quisermos modelos de equilíbrio energético muito precisos para a Terra, isto tem que ser levado em conta”, remata Greene.
A camada de gelo da Gronelândia está a derreter rápido, vai elevar o nível global do mar em pelo menos 27 centímetros, mais do dobro do que se previa antes.