fbpx
Perceba a razão, de 14 anos depois, ninguém saber a verdade.

Gonçalo Amaral lança novo livro – “Maddie: Basta de Mentiras”

 |  Alexandra Ferreira  | 

O ex-inspetor Gonçalo Amaral, retorna aos escaparates com uma nova obra sobre uma das investigações mais mediáticas de sempre: o Caso à escala mundial do desaparecimento de Maddie McCann do Algarve.

O livro do ex-coordenador das investigações do caso Maddie já está em pré-venda e ajuda-nos a perceber por que razão, 14 anos depois, ainda não sabemos a verdade.

No chamado “Caso Maddie”, a única certeza é a de que, na noite do dia 3 de maio de 2007, depois das 22h00, na Praia da Luz, no Algarve, foi dado um alerta de desaparecimento de uma criança britânica, com a idade aproximada de 4 anos.

Rapto planeado? Rapto motivado por gratificação sexual? Desaparecimento voluntário? Responsabilidades dos pais ou de outros com o dever de guarda da criança? Morte acidental (com ou sem ingestão de medicamentos para dormir)? Morte nas horas ou dias anteriores ao alerta de desaparecimento? Nada se sabe. Ponto. Porém, já há um suspeito…

De acordo com o autor, “construiu-se um suspeito sem sequer se ter provado a existência de um rapto e, principalmente, sem se conhecer a vítima”. Gonçalo Amaral toca na ferida e, na sinopse do trama escreve que “hoje, sabe-se muito de um suspeito, sejam verdades ou mentiras, mas pouco, ou quase nada, sobre a vítima. Não se sabe, por exemplo, se era alvo de abusos, como parece sugerir o episódio de Maiorca. Por outro lado, Maddie parecia denotar dificuldades de fala para uma criança de 4 anos”.

O ex-inspetor revela em palavras que “falta saber o historial clínico da criança, que constitui um mistério. Nem os pais o deram, nem as autoridades britânicas permitiram que se lhe acedesse”. Amaral questiona-se: “O que sabe a polícia britânica? E os detetives contratados pelos pais? Até quando irá a justiça portuguesa manter a sua neutralidade num caso cuja jurisdição é sua?”

Após milhões de euros e libras gastos, a família insiste na tese do rapto, procura-se um pedófilo, a polícia alemã investiga de forma incongruente e o caso continua no ponto em que se encontrava em 2007. Quem esconde a verdade? A criança misteriosamente desaparecida merece uma investigação objetiva e séria.

De inspetor a escritor…

Gonçalo Amaral nasceu em 1959, em Torredeita, Viseu. Estudou Engenharia, mas acabou por se licenciar em Ciências Jurídicas e Criminais, na Faculdade de Direito de Lisboa.
Ingressou na Administração Pública em 1973, com 14 anos, como paquete, nos Serviços Sociais das Forças Armadas. Em novembro de 1981, iniciou o curso de formação de agentes da Polícia Judiciária (PJ), e tornou-se agente no ano seguinte. Em 1997/1998, frequentou o curso de subinspetores da PJ, tendo sido o primeiro classificado entre 100 alunos. Em 2000/2001 cumpriu o curso de Coordenadores da PJ. Exerceu funções em Lisboa, no Algarve e nos Açores. Durante anos, perseguiu, com eficácia, todo o tipo de criminalidade violenta e organizada: furtos, roubos, homicídios, tráfico de estupefacientes.
Teve uma carreira profissional impoluta, amplamente reconhecida por colegas e superiores hierárquicos, bem como por magistrados judiciais e do Ministério Público, por funcionários judiciais e advogados, com quem teve o prazer de lidar durante muitos anos. Tem como máxima “a justiça realiza-se em silêncio”.
Foi coordenador operacional das investigações do “Caso Maddie”, entre 3 de maio e 2 de outubro de 2007, tendo nessa ocasião sido afastado da investigação, num ato inédito na história da Polícia Judiciária. Aposentou-se a 1 julho de 2008, ao fim de 27 anos de carreira policial, a fim de readquirir a plenitude da sua liberdade de expressão sobre o caso que investigou e de contribuir, na medida do possível, para a descoberta da verdade material e para a realização da justiça. Publicou os livros Maddie – A Verdade da Mentira (2008), A Mordaça Inglesa (2010) e Vidas sem Defesa (2011).
O livro está editado pela Contraponto no género literatura/memórias e testemunhos e custa 17,70 euros.
*E você que nos segue, ainda se lembra deste mediático caso? O que lhe faz mais confusão?

Créditos Imagem:

@reprodução Redes Sociais

Relacionados


© 2022 Direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução na totalidade ou em parte, em qualquer tipo de suporte, sem prévia permissão por escrito da Segue News. | Prod. Pardais ao Ninho.