Desde 2014 que soldados ucranianos se acostumaram a colocar nas suas redes sociais fotografias na linha da frente com os seus melhores amigos de 4 patas. Agora, com a nova invasão russa, não é diferente. Dizem os especialistas no assunto que “faz bem aos animais e dá moral” às tropas.
Os soldados ucranianos que lutam contra os invasores russos vivem com cães e gatos ao lado. Dá-lhes conforto e algum ânimo no meio de tanta guerra.
Há cada vez mais animais deixados à sua sorte e a relação funciona como uma parceria já que a tropa os vai alimentando para minimizar a catástrofe e, os patudos, esses dão-lhes amor e companhia.
Desde abril de 2014, a Ucrânia Ocidental foi um campo de batalha entre ucranianos e separatistas pró-Rússia.
Foi a partir dessa altura que os soldados começaram a publicar nas redes sociais gatos e cães que lhes faziam companhia, quer nas trincheiras, quer no acampamento.
A maioria desses animais, abandonados pelos donos forçadas a deixar as suas casas pelos bombardeamentos russos.
Deixados à própria sorte, deambulam meio perdidos pelos sitíos que provavelmente já nem reconhecem. Provavelmente, morreriam de fome se não fosse pela bondade dos soldados ucranianos.
Os soldados ucranianos tem um amor muito especial por gatos e cães. Há soldados que os salvam, inclusivé, das bombas e tiroteios.
Com as tropas russas a bombardearem tudo e o espectro de uma guerra longa e difícil pairando sobre as trincheiras dos soldados ucranianos, nos abrigos eles encontraram consolo na improvável companhia de cães e gatos de rua.
Além de bons companheiros e amigos, são precisosos ajudantes na guerra: “Ela imediatamente ladra ou rosna se o inimigo planeia um ataque. É mais seguro e calmo com ela – não é à toa que dizem que um cão é o melhor amigo do homem”, explicou um soldado que não deu nome por questões de segurança.
Animais acalmam os soldados
Em troca de abrigo, calor e comida, os animais dão um enorme força moral a todos os soldados com saudades de casa e cansados da guerra.
Acariciar um animal faz esquecer os horrores da guerra, nem que seja por um momento.
“Eles são um verdadeiro antidepressivo e levantam o ânimo. É só chamá-los e um bando deles vem a correr na nossa direção. E sentimo-nos logo melhor”, disse um médico militar.
Cães e gatos são bons a adivinhar o perigo
Os soldados, além de se sentirem mais acompanhados, também se sentem mais protegidos. Todos eles tratam cães e gatos muito bem, alimentam, acariciam, chegam a dormir perto dos cães e gatos. Eles também são um grande apoio para na guerra.
“Os cães são camaradas insubstituíveis. Funcionam como um alarme quando sentem uma ameaça. Eles ouvem e veem muito melhor do que as pessoas e avisam-nossempre que o inimigo se aproxima”, explicou um jovem soldado.
O assistente médico, admite que trata os cães com o seu equipamento médico, se necessário. E até já usou vodka como antisséptico de último recurso.
Mas não são só os cães… Os gatos também são uma grande ajuda para os soldados.
“Onde há um gato, está tudo bem. Eles ajudam a combater a propagação de doenças infecciosas caçam ratos e outra bicharada”, disse o soldado.
O jovem, de 23 anos, está com uma gatinha que encontrou abandonada pela guerra.
Mas, normalmente, estes animais irão ter poucas hipóteses de encontrar os donos novamente.
Só que nem cães, nem gatos, nem soldados estão sozinhos. Muitos soldados disseram que estão dispostos a adotar os amigos de quatro patas assim que o conflito terminar.
“Vou dar um nome ao meu gatinho assim que o levar para casa em Kiev”, diz o jovem combatente.