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João Marques Valentim e São Passos mostram as suas obras no mesmo palco

Fotografia e pintura de mãos dadas em Portimão

 |  Alexandra Ferreira  |  ,

A exposição conjunta de trabalhos do foto jornalista Marques Valentim, sob o tema “Salgueiro Maia, o Rosto da Revolução” e pinturas de São Passos, com o título “Rainha da Cor”, estão patentes até final de setembro na Casa Manuel Teixeira Gomes, em Portimão.

Marques Valentim apresentou pela primeira vez em público o novo rosto de Salgueiro Maia, 47 anos depois de o ter fotografado e vestido à civil.

Marques Valentim, também cronista do nosso site e consagrado foto jornalista, nasceu em Cascais em 1949 e concluiu o curso de Fotografia e Cinema nos Serviços de Cartografia do Exército, tendo cumprido o serviço militar obrigatório em Moçambique, como furriel miliciano foto cine.

Logo após o 25 de Abril de 1974, enveredou pelo fotojornalismo, iniciando o seu trabalho na Agência Europeia de Imprensa, a que se seguiram passagens pelos jornais «Correio da Manhã, do qual fez parte da equipa fundadora, «A Luta», «Portugal Hoje», «Off-Side» e «Comércio do Porto», entre outros trabalhos.

Autor da fotografia escolhida por Pedro Adão e Silva – enquanto presidente das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril – para homenagear o «militar que dá rosto à revolução», a exposição de Marques Valentim que poderá ser vista na Casa Manuel Teixeira Gomes apresenta como temática Salgueiro Maia, seu herói, com imagens da vida do Capitão de Abril e da sua vila natal, Castelo de Vide, onde se encontra sepultado e onde deixou obra.

RAINHA DA COR…

No mesmo espaço, a pintora São Passos, tem algumas das suas obras onde se pode apreciar uma explosão de cores vivas variando entre os estilos naif e abstrato, nos quais dominam o policromático.

A pintora nasceu na Beira, Moçambique, em 1949, e desde sempre revelou estar muito ligada às cores fortes e vivas. Com familiares algarvios e sangue africano, a artista tem tido muito sucesso em qualquer das suas anteriores exposições.

Começou com escultura e cerâmica, expôs em Moçambique, África do Sul e Malawi, antes de se mudar para Portugal em 1976, onde se dedica, entre outras atividades criativas, à ilustração de capas para livros infantis.

Em 2012 foi reconhecida pelo Círculo de Escritores Moçambicanos na Diáspora e pela Associação Lusófona, Desenvolvimento, Cultura e Integração, pelo “prestígio que granjeou nas artes plásticas e pelo seu grande contributo para o enriquecimento e divulgação da cultura moçambicana”.

Uma exposição a não perder até dia 30 de setembro.

 

Créditos Imagem:

João Marques Valentim

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