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Floresta da Amazónia em grande risco de se tornar um deserto

 |  Alexandra Ferreira  |  ,
Vários cientistas que falaram na conferência do clima COP26 concluíram que se as altas taxas de desflorestação, degradação do solo e queimadas registadas nos últimos anos forem mantidas, a maior floresta tropical do planeta poderá tornar-se numa área deserta.
É o alerta vermelho sobre o pulmão do Mundo que só será salvo com ações concretas que evitem que chegue ao ponto catastrófico e sem retorno nos próximos anos.
Com as altas taxas de desflorestação, degradação do solo e queimadas registadas nos últimos anos a serem perpetuadas, a maior floresta tropical do planeta vai chegar a esse ponto de inflexão antes de 2050, perder até 70% da sua vegetação nativa e transformar-se praticamente numa área deserta.
O alarme foi dado pelo Painel Científico da Amazónia (SPA, na sigla em inglês), formado por mais de 200 especialistas de todo o mundo, que apresentaram resultados de uma ampla avaliação sobre a floresta.
O brasileiro Carlos Nobre, co-presidente da SPA, disse que as áreas mais sensíveis para se chegar ao ponto sem retorno neste bioma estão localizadas ao sul da Amazónia, da Bolívia ao Oceano Atlântico, passando pelos estados brasileiros de Rondónia, Mato Grosso e Pará. Uma área de mais de dois milhões de quilómetros quadrados – quase um terço de toda a Amazónia e uma área equivalente ao tamanho do México – onde grandes partes da selva são uma fonte de emissões de dióxido de carbono (CO2) nos últimos 10 anos, ao contrário do que acontece na maior parte desse bioma, que funciona como sorvedor de carbono.

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