A cantora deu uma entrevista a Júlia Pinheiro na qual recordou a polémica em que uma das filhas esteve envolvida e onde foi acusada de ter permitido o aborto da filha, no Brasil, em 2013
Adelaide Ferreira foi ao programa de Júlia Pinheiro, na SIC, e esteve à conversa com Júlia Pinheiro.
A cantora que desapareceu do espaço mediático porque “não gosta de ser figura pública” acabou por lembrar a enorme polémica em que se viu envolvida em 2013, depois da filha ter sido acusada de engravidar aos 16 anos e de ter viajado para o Brasil para abortar.
“Magoou-me porem em causa a minha dignidade, a minha capacidade enquanto ser humano de amar. É certo que não somos perfeitos, mas quando temos filhos um bocadinho mais problemáticos que outros, temos de ter a capacidade de contornar”, começa por referir.
E confessa emocionada: “Fiquei com mágoa do público português, com o povo português, fiquei magoada, sim”.
Adelaide explica que por causa do sucedido decidiu afastar-se da vida pública e, consequentemente, das “quadrilheiras que estão à janela do Facebook”.
“Naquela altura fui-me abaixo e deixei de querer alguma coisa com o público porque eu existia por amor. Senti-me traída”, completa.
Adelaide Ferreira fez uma carreira de sucesso e foi, durante anos, uma das protagonistas da vida artística do país. No entanto, nos últimos anos assumiu uma postura muito mais reservada e afastou-se da cena pública.
A cantora reforçou o facto de se sentir uma boa mãe que se confrontou com uma adolescente problemática. “Qual ér a mãe que não ajuda uma filha se ela está em problemas?”, questionou.
Adelaide recordou que viveu um período conturbado da adolescência da filha e revelou que desconhecia o que se passava quando esta viajou para o Brasil.
“Quem é a mãe que não ajuda um filho quando ele precisa? Isso magoou-me!”
Adelaide admitiu que ainda se sente magoada pela forma como foi tratada pelo público e agradeceu atitude de Júlia Pinheiro.