Entende-se por férias, o tempo em que estamos livres das obrigações diárias, tempo de repouso e recuperação, para enfrentar a etapa que se segue.
Usa cada um, como pode ou deseja, essa esperada folga na rotina obrigatória, ou, também acontece, a sonha tão somente.
Só o saber que se está de férias, aparenta ser uma lufada de ar fresco, um grito interno de liberdade, o retirar dum peso, obrigatório, de cima dos ombros.
Desde cedo nos habituamos a ter férias, já que desde o tempo da escola, sacola às costas, havia necessários e saudáveis intervalos; e todos os anos, chegada a etapa ao fim, lá estavam as férias chamadas grandes , até ao ano escolar seguinte, para os alunos e para os professores que os ensinavam.
Passados à vida comum, onde supostamente se aplica o que se atendeu, e onde se aprende o que a realidade ensina, o regime é o mesmo, e tal como na escola, os alunos, agora em missão de trabalho, contam os dias que faltam, e fazem projectos para quando chegarem as férias amuais, que sabem sempre bem, e sabem também a pouco.
Contrariamente ao que se pensa, não o fazem por preguiça, mas sim pela imperiosa necessidade do ser humano ter de recuperar, de respirar outro ar, ou dizendo duma forma em moda, de carregar a bateria, que é interna e invisível, mas que garante o bom funcionamento o nosso esforço, físico e mental.
Como vai ser usado o período de recarga é coisa que não depende inteiramente do próprio, como pode às vezes julgar-se, mas também das condições que tenha para o fazer.
Sonho e imaginação não faltam como se sabe, mas nem sempre eles levam em conta o descanso que é preciso.
Uma coisa vos posso confirmar, e nada digo que não saibam: há férias ditas de sonho que não dão descanso algum, e férias modestas que enchem a alma e tonificam o corpo.
A ambição e a modéstia são virtudes diferentes, mas satisfazem de igual modo quem as tem; será o preço apenas, a única diferença…
Não é por acaso que termino lembrando, que também há quem não possa ter férias, nem até as tenha tido alguma vez, por razões incontroláveis da própria Vida, e pela forma injusta como tudo nela se distribui, ou simplesmente acontece.
Mas sejam quais forem as vossas Férias, aproveitem-nas, o que é coisa que a gente às vezes também não faz…e por culpa própria.
Boas Férias!
E aqui fica o meu pensamento sobre o assunto:
“Respire fundo…o ar de férias é outro!”