“Nós habituámo-nos à ideia de que a Eunice Muñoz era eterna. Fisicamente não é. Resistiu a uma, duas, três, quatro crises de saúde. Mas é eterna no nosso espírito, não a esquecemos”, afirmou.
Marcelo Rebelo de Sousa sublinha que Eunice “marcou a nossa vida durante décadas e décadas e, portanto, eu queria, em nome todos os Portugueses, agradecer-lhe uma vida dedicada ao teatro, mas também ao cinema, à televisão, à cultura em Portugal, isto é, dedicada aos Portugueses”.
Por isso mesmo, “não a esquecemos, nunca a esqueceremos, estará sempre no nosso coração”, concluiu.
Filha e neta de atores de teatro e de artistas de circo, ao longo da carreira Eunice Muñoz entrou em perto de duas centenas de peças, trabalhou com cerca de uma centena de companhias, segundo a base de dados do Centro de Estudos de Teatro da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
No cinema e na televisão, o seu nome está associado a mais de oito dezenas de produções de ficção, entre filmes, telenovelas e programas de comédia.
Eunice Muñoz foi condecorada pelo Presidente da República em Abril do ano passado, com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada, cerca de três anos depois de ter recebido a Grã-Cruz da Ordem de Mérito.
Ao longo de 2021, contracenou com a neta Lídia Muñoz, na peça “A margem do tempo”, em diferentes palcos do país, numa digressão que culminou no Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, em 28 de novembro, exatamente 80 anos após a sua estreia.