A abrir a série de Mulheres Independentes fomos ao encontro de Marluce Revorêdo Silva.
É impossível não reconhecer o nome Marluce Revorêdo, uma das mulheres iconicas da nossa sociedade. Lindíssima, uma mulher com uma aura de luz e um sorriso marcante, presença constante das nossas revistas sociais. Considerada uma das mulheres mais belas da nossa sociedade. Só que Marluce é muito mais do que uma mulher bonita.
Uma mulher em constante mutação e evolução, co-autora do livro ’12 Pérolas para Uma Vida Feliz’.
Formada pela Sociedade Brasileira de Coaching e pela Febracis, em Life e Business Coaching, pela Academia de talentos de Condor Blanco, no Chile, pelo PSC ( PERSONAL SELF COACHING) do IBC; Instituto Brasileiro de Coaching e várias formações de Hipnoterapia Clinica, Transpessoal e Regressiva pela Transpersonal International.
Começamos a conversa de uma vida tão cheia, falando sobre a transição de Belém do Pará , Brasil, para Portugal aos 16 anos.
Marluce como foi a experiência de viver num país tão diferente?
– Foi uma mudança desafiadora, deixar Belém para viver em Portugal aos 16 anos. Inicialmente, fiquei num lar de freiras, estudava em colégios religiosos e com esta mudança muito grande, enfrentei uma depressão grave. A minha mãe teve que me vir buscar. Mas regressei a Portugal mais tarde, quando ganhei um prémio como Rainha do Carnaval, em Belém, em 1974.
A adaptação foi difícil, mas abriu portas para oportunidades emocionantes.
A Marluce mencionou a dificuldade no relacionamento e a separação após o nascimento do seu filho. Como foi esse período e como isso influenciou as suas escolhas futuras?
– O fim do casamento foi um momento desafiador. Comecei a trabalhar no Teatro numa peça com muito destaque por ter atores famosos e a participação de vários manequins.
Pouco depois conheci o Carlos Cruz, iniciando um novo capítulo de vida com ele. Construímos uma família com o meu filho, a nossa filha e a adoção da minha sobrinha. Trabalhamos muito para construir estabilidade financeira e formar esta família.
O casamento terminou, mas também marcou o início de uma amizade forte e que mantemos ate hoje com respeito e amizade. Essas experiências moldaram as minhas escolhas futuras e a importância da família.
Passou, como é público, por momentos difíceis relacionados com o Caso Casa Pia. Que impacto teve na sua vida e como encontrou forças para superar tão grande adversidade?
– O Caso Casa Pia foi um período MUITO difícil, com perda de trabalhos e hostilidades da sociedade. Enfrentamos humilhações e injustiças mas, com força e resiliência, superamos as adversidades.
O apoio da família foi crucial. Optei por focar no crescimento pessoal, frequentando cursos de coaching e desenvolvimento pessoal.
Transformar raiva em compaixão foi um ponto de viragem.
A mudança da Marluce para o Brasil por 10 anos também foi significativa. Como é que esses anos influenciaram a sua jornada de vida?
– Morar no Brasil por uma década trouxe experiências intensas e momentos felizes, incluindo a chegada da minha neta. Fiz um tratamento para superar o sofrimento e, inspirada, iniciei cursos de coaching. A jornada no Brasil foi transformadora, marcada pela reconstrução emocional e crescimento pessoal.
Atualmente e após 9 anos em celibato, encontrou novamente a paixão e o amor. Pode partilhar um pouco sobre essa descoberta?
– Após um período de autoconhecimento em celibato, redescobri a paixão e o amor. Precisei deste tempo só para mim. Desintoxiquei de situações, mágoas, enganos. Comecei a gostar de mim de verdade e acredito que a vida deve ser vivida em abundância.
Encontrar a felicidade e o amor novamente é uma bênção. Lembrei-me das palavras de Jesus sobre ter uma vida em abundância.
Como é que encara o conceito de que a vida não tem pontos finais, apenas vírgulas e continuações?
– Vejo a vida como uma jornada contínua, cheia de vírgulas que nos proporcionam oportunidades de crescimento. Não há pontos finais, apenas novos capítulos a serem escritos.
Cada experiência contribui para quem nos tornamos e a felicidade está em abraçar essa jornada em constante evolução.
Grata Marluce por esta partilha da sua incrível jornada de vida, sempre em constante mutação.
Se tivesse de resumir a sua filosofia de vida numa frase, qual seria?
– “A vida é uma jornada de vírgulas, não de pontos finais, e encontrar a compaixão no lugar da raiva nos conduz a uma vida de abundância e crescimento contínuo.”
***
Espero que gostem tanto de ler esta conversa como eu gostei. E deixo aqui a sugestão sigam as redes sociais de Marluce Revorêdo e o seu site www.motivar.pt.
Aqui fica o exemplo de quem encontrou a paz e usa essa paz para auxiliar os outros.
Créditos Imagem:
© 2022 Direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução na totalidade ou em parte, em qualquer tipo de suporte, sem prévia permissão por escrito da Segue News. | Prod. Pardais ao Ninho.