Ministro da Administração Interna anunciou esta sexta-feira à tarde em conferência de imprensa que ia abandonar o cargo.
A demissão surge passadas poucas horas de ter sido anunciada a acusação de homicídio por negligência ao motorista do carro que conduzia Eduardo Cabrita e que esteve envolvido no atropelamento mortal na A6 em junho.
Perante esta acusação e confrontado com o sucedido, o ministro teve uma reação que gerou ondas de indignação por todo o país: “Eu era o passageiro” frisou.
Face a todo este cenário, Eduardo Cabrita apresentou a demissão, mas não sem antes elogiar o seu trabalho feito ao longo dos anos no Ministério da Administração Interna.
Durante o discurso onde anunciou a demissão, o ministro revelou que só se manteve em funções devido à “solidariedade do Sr. Primeiro-ministro que me levou a continuar em funções nestas circunstâncias tão difíceis ao longo deste seis meses”. Agora passados seis meses disse: “não posso permitir que este aproveitamento político intolerável seja utilizado nesta altura”, aludindo ao período pré-eleitoral em curso, com as legislativas antecipadas marcadas para 30 de janeiro próximo. “Mais do que ninguém lamento essa trágica perda irreparável e manifesto toda a solidariedade para com a família da vítima”, disse Eduardo Cabrita, acrescentando que “desde então, foi com grande sacrifício pessoal e estupefação que assisti ao aproveitamento político desta tragédia pessoal”.