De um dia para o outro e, a propósito do encontro ou reunião dos líderes inglês, polaco, alemão e francês, em Kiev, para ultimar a proposta de paz, a Rússia decidiu lançar uma forte campanha contra Macron. E como?
Bom, bastou Macron estar constipado e ter deixado um lenço de papel assoado em cima da mesa para pegarem nesse pormenor. Até com uma colher de café pegaram e começaram a dizer que era cocaína e parafernália da droga.
Até a própria porta-voz russa, Maria Zakharova, veio a público difamar Macron e aliados e sobre o vídeo diz “que o presidente da França, o primeiro-ministro da Grã-Bretanha e o chanceler da Alemanha, depois de empurrar Zelensky para mais uma intriga infernal para sabotar um acordo e continuar o derramamento de sangue na Europa (…)fizeram isso com tanto cuidado que se esqueceram de esconder seus apetrechos (um saquinho e uma colher) antes dos jornalistas chegarem. O destino da Europa está a ser decidido por figuras dependentes e temporárias — em todos os sentidos da palavra. Imagens incríveis. É como se o próprio Todo-Poderoso estivesse abrindo a cortina dessa reunião vil, para que “aqueles com olhos possam ver”. Em 2022, perguntei a um embaixador ocidental: “Como vocês podem fornecer armas ao desequilibrado viciado em drogas Zelensky? Ele usa cocaína há anos!” E recebi a resposta: “Para a UE, isso é normal — muitos líderes ocidentais usam.”
A partir daí só se lê sobre isso no X numa campanha com milhares de ‘boots’ a repetirem o mesmo como se tal fosse verdade. É uma campanha massiva e coordenada de desinformação contra Macron, insinuando que o lenço de papel sobre a mesa é um saco de drogas. Todos os ativos russos lançaram-se na campanha e até aqueles americanos conhecidos pelas suas campanhas esquizofrénicas de teorias da conspiração. Não se vê mais nada. Não caia nessa e nem dê conversa ou partilhe porque estas campanhas só funcionam quando são repetidamente partilhadas.
Esta campanha só mostra o quão furiosa está a Rússia, o que é um bom sinal. Primeiro tentar passar medo aos Europeus que não se conseguiam defender que eram uns nabos e por aí fora. Agora percebem que os ‘nabos’ continuam a defender a democracia e a liberdade ao lado da Ucrânia e como já não sabem o que mais fazer… tornam os líderes de uma reunião importante de paz, num covil de drogados.
Eis como funciona a narrativa e é quase toda ela igual com uns acrescento aqui e uns bor5dados acoli. Mas a mensagem é esta. “Macron, Starmer e Merz apanhados em vídeo a regressar de Kiev. Um saco de pó branco sobre a mesa. Macron rapidamente o guarda no bolso, Merz esconde a colher. Nenhuma explicação dada. Zelensky, conhecido entusiasta de cocaína, acabara de recebê-los. Ligue os pontos.”
O que é a desinformação afinal?
A desinformação é o termo usado para definir qualquer tipo de conteúdo e ou prática que contribua para o aumento de informação falsificada, não validada ou pouco clara/ transparente e/ ou para afastar os cidadãos do conhecimento factual da realidade. Este fenómeno assume diferentes formatos como notícias falsas e/ou falsificadas ou globalmente designadas por Fake News, que podem indicar a vontade deliberada de distribuir informação falsa ou rumores, independentemente dos meios de comunicação e motivações associadas à sua criação.
Todos podem ser afetados! Há vários exemplos de pessoas e empresas que sofreram inúmeras consequências devido às notícias falsas.
As notícias falsas podem causar um grande impacto com consequências graves na reputação de uma pessoa ou empresa, causando complicações não só económicas, como pessoais e psicológicas.
Muitas vezes é difícil contornar as Fakes News, mas saiba, que cabe a cada pessoa ou empresa, o poder de travar a desinformação.
Se identificar uma notícia falsa, mesmo que não o afete diretamente, é importante denunciar esse conteúdo. Estará a ajudar a quebrar a disseminação da informação falsa e automaticamente a contribuir positivamente para a reputação de uma pessoa ou uma marca.
A desinformação espalha-se através das redes sociais, Twitter, Facebook ou por aplicações mais fechadas como o Whatsapp. Há sites dedicados a notícias falsas com aparência e siglas idênticas aos dos media reais.
Por isso, use o bom senso e a sua sabedoria para perceber e tenha sempre muita atenção onde recolhe a informação!
O combate à desinformação é um esforço conjunto no qual participam todas as instituições europeias. A UE colabora estreitamente com plataformas em linha, incentivando-as a promover informações de fontes fidedignas, a despromover conteúdos reconhecidamente falsos ou enganosos e a retirar conteúdos ilegais ou que possam causar danos físicos.
As medidas tomadas para combater a desinformação, a informação enganosa e as interferências externas foram reforçadas, tendo sido objeto de uma comunicação conjunta da Comissão e do Alto Representante.
Em Portugal, o Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) em parceria com outras entidades tem vindo a desenvolver estratégias para tentar minimizar o fenómeno da desinformação em Portugal.
O Parlamento Português realizou também debates sobre o tema “Informação e desinformação na era digital”, num enquadramento internacional, nacional e eleitoral.
Mas, pelos vistos, ainda é muito pouco o que se faz. E a desinformação desliza à velocidade luz. E, no meio desta desgraça toda, há mesmo que acredite e se entre depois ao mundo das teorias da conspiração.
(com pesquisa no site ‘Internet segura’)
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