A semana foi de luto para o nosso ‘cantinho’. O nosso Trevo não superou a doença e deixou-nos…
Para muitos isto não significa nada mas, para nós, que acabamos por criar laços familiares com cada um deles e sabemos das suas histórias, dói-nos muito. Ficamos tristes mesmo. E nada que nos digam nos lava a tristeza do coração. Há que fazer o luto.

E mais uma vez foi hora de dor no nosso cantinho e na nossa familia; o nosso Trevo deixou-nos depois de uma semana internado com um crise de leshmaniose e insuficiência renal. Apesar de lutar para melhorar, a doença levou a melhor. E por mais que tentemos dar-lhes sempre o melhor, por vezes as doenças que já trazem quando os resgatamos, acompanha-os para o resto da vida.

O nosso puto reguila viveu feliz aqui no refúgio.
Quando chegou num estado lastimável ninguém garantia que sobrevivesse. Lutámos e sobreviveu e tornou-se num cão feliz durante os dois anos que esteve no refúgio. Nos últimos dias não o largámos e lutámos com ele para vencermos a doença.

Corre agora feliz meu puto e espero que onde quer que estejas haja um pau para te fazer feliz … até já meu reguila!
A Leshmaniose canina e a insuficiência renal
Ambas as piores doenças que pode ter um cão. E juntas foram bombásticas no nosso Trevo.
Em Portugal , a leishmaniose canina é endémica, estando presente em praticamente todas as regiões e afetando um grande número de cães. A parasita responsável, Leishmania infantum, transmite-se através do flebótomo, também conhecido como “mosquito da leishmaniose ”.
O primeiro sinal clínico mais habitual da Leishmaniose canina é a perda de pelo, principalmente em torno dos olhos, nariz, boca e orelhas. À medida que a doença progride, o cão perde peso. É habitual o desenvolvimento de uma dermatite ulcerativa (com feridas) que se pode disseminar por toda a superfície corporal do cão.
O tratamento para leishmaniose pode ser feito com medicamentos para eliminar o parasita, como antimoniato de meglumina, anfotericina B, pentamidina e pentoxifilina, que são indicados pelo médico de acordo com o tipo e gravidade da doença.
Nunca, mas nunca, mesmo, auto medique o seu cão. Leve-o ao veterinário sempre que desconfiar que está doente.
Já a insuficiência renal é uma doença que pode aparecer repentinamente, na forma aguda, ou ser crónica. A insuficiência renal caracteriza-se pela diminuição da capacidade dos rins filtrarem o sangue das substâncias tóxicas. Se os rins deixam de conseguir filtrar a ureia, esta acumula-se no sangue causando uma outra doença chamada uremia. A insuficiência renal tem vários estádios aos quais correspondem determinados sintomas.
O cão com insuficiência renal fica mais fraco e dorme muito; Os cães sentem mais sede (polidipsia) e por isso bebem muita água. Eles também urinam mais (poliúria); Visto que esta doença também altera o equilíbrio hormonal, os patudos podem perder peso e os pelos podem perder brilho; O cão apresenta sintomas gastrointestinais, como por exemplo diarreia, vómitos e perda de apetite.
A insuficiência renal crónica não tem cura. A saúde do cão vai-se degradando com o tempo se tiver a forma crónica desta doença.
Nunca adie uma visita ao veterinário se reparar em algo estranho no seu animal. Este vai averiguar a causa dos sintomas recorrendo a exames e testes.