Vou confessar uma coisa. Nunca vi o programa chamado big brother, razão pela qual os “famosos” me passam completamente ao lado. E juro e prometo que nunca tal farei. Por isso fico boquiaberto com a quantidade de notícias que à conta do programa mais imbecil de sempre se escrevem.
Não consigo perceber porque é que se fecham umas quantas pessoas numa casa ou num espaço dias e dias a fio, como se fossem prisioneiros, com o objetivo de serem filmadas todas as bufas e gravados todos puns, disparates e dislates.
Dizem que dá audiências e que depois os personagens ficam famosos e ganham rios de dinheiro sem que nenhum mérito se lhes seja reconhecido ou um qualquer saber especial ou conhecimento relevante lhes possa ser atribuído.
Mas li umas linhas a propósito de um tal Bruno de Carvalho, ex-presidente de má memória do Sporting, e de um movimento que o queria ver fora do programa, e que o conseguiu aliás, e das suas grosserias que configuram atitudes tipificadas na lei penal como crime passiveis de punição, processo que, entretanto, já se iniciou. O personagem passou a ser duplamente famoso, mas pelas piores razões.
Tenho para mim que os mass media deviam servir para educar, instruir, cultivar os povos, tornar melhores as pessoas e elevar a humanidade para um patamar superior de consciência em que o belo e bem sejam o ideal a alcançar.
Sem pretensões a coisa nenhuma, melhor mesmo é ler um livro, escrever umas linhas num papel pintado com tinta preta, ou assistir a um bom filme ou a uma série que nos despertem a inspiração para as viagens que realmente importam fazer nesta vida cada vez mais alucinada.
Ou ainda usar o tempo em tertúlias com amigos ou a ajudar associações filantrópicas a desenvolveram as suas atividades. Tudo longe, claro está, das omnipresentes câmaras cujo lado negro nos suga a vida.