O título desta “vossa “crónica semanal, dá-nos hoje o mote para a conversa, já que de velho a Centenário não é longa a distância.
Quando se é novo, invariavelmente se pensa, que se não chega a centenário. Primeiro porque isso não é a preocupação de quem tem tanto ainda para aprender, para sentir, para desfrutar, e tem muito tempo, assim se pensa, para nisso ter de pensar.
E se por acaso o centenário vem à baila, logo se considera que chegar a cessa “proveta” idade, não é para todos, e nem deve ser coisa agradável.
Pois fiquem sabendo, os que, ainda não deram conta, que a vida corre célere, e tal como a brisa, passa rápida, bem mais depressa do que se deseja; e somos até nós que a empurramos, na ânsia de tudo rapidamente obter.
Pois fiquem então sabendo, que o País em que nasceram ou no qual vivem, que em tempos se chamou “Condado Portucalense”, é um dos países que, por referência à sua população, tem mais centenários; a estatística aponta para mais de 4.000.
Ficou espantado? Pois é…
São mais as mulheres do que os homens nessa contagem, mais do dobro, mas tanto nelas como neles, é relevante o número daqueles, que vivem autónomos e pensantes, contrariamente aquilo que se possa julgar.
Procurar explicações para tal número, é tão difícil quanto desnecessário. Dizem uns que é da saudável dieta mediterrânea; opinam outros que do clima que é o melhor da Europa. Será i do vinho, que é bom? Ou do bacalhau com o saboroso azeite do lagar?
Vá lá saber-se porquê.
O que se sabe é que trabalharam mais uns que outros, mas muito, todos o fizeram; venceram uns, perderam outros, mas todos choraram e riram; e como sempre, uns se adaptaram melhor às circunstâncias do que outros. Hoje são felizes uns…e outros não: mas todos têm uma longa lista de amigos com quem, com muita pena, já não podem falar…
Se houvesse receita para chegar aos tais cem anos, garanto que aqui a deixava, mas não há…que saiba!
Aqui fica o meu pensamento da semana:
Viver muitos anos… pode não ser viver muito!