A imprensa ucraniana tem relatado o caso dos refugiados daquele país pela câmara de Setúbal, nomeadamente, o acolhimento da autarquia através de cidadãos russos pró-Kremlin.
No
Ukrayinska Pravda, escrevem em letras garrafais que
“Portugal está a investigar a transferência de informação sobre refugiados ucranianos para a Rússia”.
Já o texto refere que “a polícia portuguesa revistou um centro municipal de apoio a refugiados sob a acusação de entregar dados pessoais de refugiados ucranianos à Rússia”.
Também não esqueceram de lembrar o outro caso relacionado com dados pessoais que aconteceu na capital: “O gabinete do autarca de Lisboa foi multado em 1.2 milhões de euros por passar dados pessoais de manifestantes russos à embaixada russa”.
Outro jornal, o Zaxid.net, escrevem: “Portugal está a investigar a transferência de dados de refugiados ucranianos para a Rússia”.
O destaque da publicação avança que “um casal russo no centro de refugiados tirou fotos de ucranianos e interrogou-os”.
As duas publicações, entre outras online, refere-se que “Portugal recebeu quase 36 mil refugiados ucranianos”.
Este caso que levantou intensa polémica tem a ver com a Associação dos Imigrantes de Leste (Edinstvo), presente no processo de acolhimento de refugiados ucranianos na autarquia comunista de Setúbal.
Alegadamente, a organização através do um casal russo, Igor Khashin e Yulia Khashin, que colabora com a instituição, fotocopiou as identidades de refugiados e colocou questões sobre a localização das suas famílias na Ucrânia.
Os partidos da oposição pediram a demissão do presidente da Câmara de Setúbal, André Martins, que, segundo estes, tinha conhecimento dos laços entre o casal e a Rússia.
A ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes já veio garantir que este caso será investigado “até às últimas consequências”, sendo que segundo a governante “este Governo não deixará que haja violação da lei e, muito menos, que não se trate de forma digna e com respeito aqueles que aqui chegam”.