fbpx
Apoiante da invasão da Ucrânia, tal como o pai, a comentadora defendia o genocídio ucraniano

Cara de Darya Dugina no funeral deixa dúvidas sobre morte em explosão

 |  Alexandra Ferreira  |  ,

A morte da filha do líder do Movimento Eurasiático, Alexander Dugin, de 60 anos, continua a levantar muitas questões por usuários das redes sociais atentos ao que se escreve nos jornais russos.

A 20 de agosto a notícia da morte de Daria Dugina dizia: “O corpo estava tão queimado que tornou impossível a identificação rápida da pessoa”. No mesmo jornal a notícia do funeral era que Daria Dugina: “Parece estar apenas a dormir”.

Muitos questionam o facto de ter havido uma enorme explosão e o rosto de Daria Dugina estar incólume. “Se fosse morta por um carro-bomba provavelmente não haveria um caixão aberto no seu funeral”, dizem.

A morte de Darya Dugina está aquecer as redes sociais, devido ao conflito da Rússia contra a Ucrânia. Agora a dúvida deve-se a aparência do cadáver.

Em causa estão fotografias das cerimónias fúnebres, nas quais aparece o cadáver da jovem, de 29 anos, filha do filósofo Alexander Dugin, apoiante da guerra e do Kremlin.

Nas cerimónias fúnebres, que decorreram com o caixão aberto, é possível ver o rosto, que aparentemente não se encontra queimado – algo que seria de esperar, dado que o carro no qual seguia explodiu devido a uma bomba.

A Ucrânia negou logo estar envolvida na morte da jovem russa e até acredita que a Rússia ‘ganhava’ algo com esta situação – que aconteceu a 20 de agosto depois da comentadora política dar uma palestra. No regresso, o carro, que era do pai, explodiu e incendiou-se por completo.

Um dos responsáveis pela Meduza, um meio de comunicação independente russo, apontou, no entanto, uma razão para que o cadáver não esteja incinerado – dada a gravidade da explosão.

“Enviarem-me um vídeo da cena da explosão que matou Darya Dugina. Para aqueles que estão a especular sobre o mistério do aparente rosto intacto no funeral de hoje [terça-feira], saibam que o corpo  (embora mutilado pela explosão) não ficou no carro a arder”, escreveu o jornalista, referindo-se a uma alegada projeção do cadáver durante a explosão do carro-bomba.

O antigo deputado da Duma, Ilya Ponomarev, defendeu que a explosão foi obra do Exército Nacional Republicano (NRA), grupo clandestino que se dedica a derrubar o regime de Putin.

Apoiante da invasão da Ucrânia, tal como o pai, Darya Dugina foi alvo de sanções das autoridades norte-americanas e britânicas, que a acusaram de contribuir para a desinformação em relação à guerra iniciada pela Rússia a 24 de fevereiro.

A jornalista terá mesmo descrito o conflito na Ucrânia como um “choque de civilizações”, manifestando orgulho por tanto ela, como o pai, terem sido sancionados pelo Ocidente, numa entrevista em maio, segundo a BBC.

Créditos Imagem:

Twitter

© 2022 Direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução na totalidade ou em parte, em qualquer tipo de suporte, sem prévia permissão por escrito da Segue News. | Prod. Pardais ao Ninho.