Segundo a fundadora e organizadora Mônica Cosas “o Língua Terra nasceu com o intuito de promover o intercâmbio entre artistas dos países unidos pela língua portuguesa e fomentar conexões culturais e criações artísticas colaborativas, buscando visibilizar a diversidade cultural que compõe os diferentes territórios e contribuir com reflexões sobre um mundo mais justo e igualitário”.
Assim, esta terceira edição do Língua Terra volta a privilegiar as manifestações culturais do Brasil, dando ênfase à expressão artística feminina, sendo o cartaz composto na sua totalidade por mulheres que encontram na Arte uma fonte de expressão.
A música está muito bem representada por dois grandes talentos da música brasileira: Adriana Calcanhotto (que convidou Salvador Sobral para participar do seu concerto no dia 5 de junho) e por Bia Ferreira, que vai apresentar-se a 2 de julho, ambas em digressão para promoção de seus novos álbuns. E mais: a artista educadora Dani Zulu vai ministrar o workshop “Iniciação à percussão corporal”, a 3 de junho.
O cartaz completa-se com a exibição dos documentários “Aleluia: O Canto Infinito”, dirigido pela cineasta Tenille Bezerra, no dia 7 de junho; “Filhos de João: O Admirável Mundo Novo Baiano”, dirigido por Henrique Dantas , a 14 de junho e “Aquilo que Eu Nunca Perdi”, dirigido por Marina Thomé, dia 21 de junho.
Criado há três anos por Mônica Cosas, fundadora e diretora da empresa AKassá Produções Artísticas, que gere o projeto e que atua no mercado há mais de 20 anos, o festival Língua Terra nasce com o intuito de promover o intercâmbio entre artistas de seis países unidos pela língua portuguesa e fomentar conexões culturais e criações artísticas colaborativas.
Nas edições anteriores passaram pelo Língua Terra espetáculos de Bonga (Angola), Elida Almeida (Cabo Verde), Paulo Flores (Angola), Simone Sou (Brasil), a peça teatral “Chovem Amores na Rua do Matador”, dos grandes autores moçambicanos Mia Couto e José Eduardo Agualusa, e um “bate papo” chamado “Conversas entre Kotas”, entre Bonga, Betinho Feijó e Pedro Coquenão (Batida), com a intenção de apresentar uma variedade única de ritmos e formatos.
03 de junho, sábado, 15h00 – Terraço do Fórum Luísa Todi
Workshop Dani Zulu
Entrada gratuita
O workshop “Iniciação à percussão corporal” ministrado pela artista e educadora, Dani Zulu, se baseia na proposta pedagógica da utilização do corpo como instrumento musical. Ao longo da oficina, os participantes vão explorar e descobrir diferentes sons produzidos pelo corpo.
Uma aula prática, divertida e repleta de trocas, sendo palmas, estalos, batidas, sapateados e demais sons produzidos pelo corpo a trilha sonora deste momento de descobertas.
Dani Zulu é musicista profissional e arte-educadora com mais de 24 anos de experiência na realização de projetos na área de percussão geral/instrumental, seus trabalhos são diretamente influenciados pela cultura tradicional do Brasil, destacando-se as danças, cantos e ritmos locais.
05 de junho, segunda-feira 21h30 – Fórum Luísa Todi
Adriana Calcanhotto (participação especial de Salvador Sobral)
Bilhetes: 12 €
Este será o momento de ver ao vivo um dos grandes talentos da música brasileira: a cantora e compositora Adriana Calcanhotto, que está em digressão com o seu novo álbum “#Errante” e irá apresentar ao público uma seleção de temas inéditos. O espetáculo conta com a participação especial de Salvador Sobral.
Com mais de 1,3 milhões de ouvintes mensais no Spotify, Adriana Calcanhotto continua com uma bela trajetória de sucesso iniciada em 1980. São diversos os êxitos que a consagram como as faixas “Vambora”, “Devolva-me”, “Esquadros” e “Mentiras”.
07 de junho, quarta-feira, 21h30 – Cinema Charlot – Auditório Municipal
Filme: Aleluia: O Canto Infinito de Tincoã
Bilhetes: 4,50 € (à venda no local) – Descontos: 3,50€ (mais de 65 anos, para estudantes com idade até 25 anos); Gratuito: para pessoas em lares de terceira idade e reformados da Câmara Municipal de Setúbal.
O documentário “Aleluia, o Canto Infinito de Tincoã” produzido pela cineasta Tenille Bezerra é um recorte de seis anos da vida do cantor Mateus Aleluia e acompanha a sua jornada entre Salvador e Luanda, e revela uma nova perspectiva sobre sua vida e obra.
Mateus Aleluia é músico, cantor, compositor e pesquisador brasileiro e também foi integrante do mítico grupo Os Tincoãs.
14 de junho, quarta-feira, 21h30 – Cinema Charlot – Auditório Municipal
Filme: Filhos de João: O Admirável Mundo Novo Baiano
Bilhetes: 4,50 € (à venda no local) – Descontos: 3,50€ (mais de 65 anos, para estudantes com idade até 25 anos). Gratuito: para pessoas em lares de terceira idade e reformados da Câmara Municipal de Setúbal.
“Filhos de João: O Admirável Mundo Novo Baiano”, dirigido por Henrique Dantas é um filme que explora a relação entre João Gilberto e os músicos da banda Novos Baianos, que transformaram o rumo da MPB. O filme traz um panorama da música popular brasileira dos anos 60 e 70, com o apoio de arquivos, relatos e muita sensibilidade.
21 de junho, quarta-feira, às 21h30 – Cinema Charlot – Auditório Municipal
Filme: Aquilo que Eu Nunca Perdi
Bilhetes: 4,50 € (à venda no local) – Descontos: 3,50€ (mais de 65 anos, para estudantes com idade até 25 anos); Gratuito: para pessoas em lares de terceira idade e reformados da Câmara Municipal de Setúbal.
O documentário “Aquilo que Eu Nunca Perdi”, dirigido por Marina Thomé é sobre a compositora e instrumentista brasileira Alzira E, irmã da cantora Tetê Espíndola.
A produção investiga a vida da artista e busca se afastar de formatos tradicionais, traçando um panorama que vai muito além da carreira de Alzira E, abordando temáticas que vão desde sonhos ao reconhecimento das artistas femininas.
Alzira E é o nome artístico de Alzira Espíndola, uma mulher que rompeu com o conservadorismo do seu tempo para ser livre. Artista com uma carreira consolidada, que já teve como parceiros nomes como Itamar Assumpção, Ney Matogrosso e sua irmã Tetê Espíndola.
02 de julho, domingo, 21h30 – Fórum Luísa Todi
Bia Ferreira (primeira Bárbara Eugénia)
Bilhetes: 12 €
Bia Ferreira vai encerrar com chave de ouro a terceira edição do Língua Terra. A artista é um dos nomes mais marcantes da nova geração de músicos brasileiros. Bia fará um espetáculo que marca a digressão do seu álbum “Faminta”, em que convida os espectadores a mergulhar em suas letras poderosas.
Nos últimos anos Bia Ferreira tem se consagrado com os seus trabalhos que envolvem referências musicais do soul, reggae, blues, funk, R&B e Gospel e suscitam para um momento de esclarecimento, provocação e luta. Com quase uma década de atuação e presença nos grandes circuitos musicais, a artista ecoa para além do seu trabalho o respeito à comunidade LGBTQlA+, ao racismo e à xenofobia. Como a própria artista define, a sua música é “MMP – Música de Mulher Preta” e trata de temáticas sociais importantes.
A noite também vai contar com a abertura da cantora, compositora Bárbara Eugênia, com uma mistura de ritmos brasileiros, rock, folk, música eletrônica e experimentação. A premiada artista que já recebeu o Prêmio Multishow de Música Brasileira, trilha desde 2008 o seu caminho no seu cenário musical – com digressões na Europa e Estados Unidos.
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