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MUDA
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ASTROS HÁ MUITOS… SOL, HÁ SÓ UM!

O fascínio daquilo que durante milénios se imaginava ser um Firmamento sempre acompanhou o genus
Homo. Recentemente foi descoberta uma moeda romana em bronze nas circanias de Haifa, em Israel.

Por tais paragens existia Caesarea Maritima, um porto construído por Heródes há mais de dois mil anos.
Moeda que foi cunhada há uns 1.800 anos, com o signo do caranguejo e uma estrela ao lado da Lua
(simbolizada pelo busto de Selena, a deusa da Lua) numa das faces, representando astrologicamente a
conjunção de Júpiter com a Lua na constelação do Caranguejo, fenómeno que se repetirá em 2026.

Nessa mesma e milenar Astrologia o símbolo do Sol sempre teve preponderância.

Helios dos Helénicos da Antiguidade, o deus Sol, era também venerado e assim denominado pelos Romanos.

No Egipto da Antiguidade no fim do dia rezava-se a Ra, esse mesmo deus Sol, para que voltasse… ao amanhecer… rezando-se então e de novo em agradecimento para que continuasse a bafejar o quotidiano desse vasto território nortenho africano, cuja riqueza resultava da agricultura ribeirinha ao majestoso Rio Nilo.

Nos dias que correm, através de dados colhidos pelo observatório espacial GAIA e outros satélites como
o Parker Solar Probe, o STEREO, o Solar Orbiter, o SOHO, o Solar Dynamics Observatory, o IRIS e o
WIND tem-se estudado melhor o Sol, que continua a simbolizar o fulcro da Vida desde que esta aflorou
neste terceiro planeta do seu próprio sistema

.

Vários têm sido os avisos sobre as possíveis consequências de circuitos de plasma da corona solar
irradiados a elevadíssimas temperaturas que no actual ciclo solar de maior actividade, ao serem
direccionados no sentido da Terra (mesmo que deflectidos em parte pelo campo magnético desta),
podem causar gigantescas tempestades geomagnéticas, influenciar condições climatéricas e ‘grelhar’ a
própria rede de transmissões de que a Humanidade tanto depende.

Maciças Ejecções de Massa Coronal (CMEs), denominadas ‘Eventos Carrington‘, que podem levar a consequências extremas como ficarmos às escuras e sem comunicações.

Em 1989, registaram-se intensas tempestades geomagnéticas causando completa quebra da rede de energia eléctrica em Quebec, no Canadá.

Num ápice ficaram milhões de pessoas na escuridão e sem acesso a qualquer meio de comunicação que dependesse da electricidade. Já no século 19 acontecera um fenómeno semelhante a afectar linhas de transmissão telegráfica. Em Agosto de 2022, um não tão intenso fluxo de partículas solares causou em várias zonas do globo, nas camadas superiores da atmosfera, a conhecida e fascinante aguarela da Aurora Borealis.

Pese embora a relevância do nosso astro-rei para a vida terreste subsistem ainda lacunas no conhecimento advindo de ciências que o estudam; uma delas dizendo respeito à razão pela qual a temperatura da corona solar – que se estende no espaço sideral a muitos milhares de quilómetros do Sol – tão mais elevada é daquela da superfície solar, quando esta é da ordem dos 5.500 graus centígrados enquanto que a da corona solar se eleva a 1,8 milhões de graus centígrados.

Situado a cerca de 150 milhões de quilómetros de distância, cujos raios nos chegam depois de 8 minutos de travessia sideral, o Sol há muito que para a Humanidade parece ter passado a lugar-comum.

O venerado RA do Egipto da Antiguidade, Helios da Grécia da Antiguidade, o deus Sol também dos
Romanos, porém, continua a ser impreterivelmente o timoneiro da barca cósmica terreste.

GAIA e outros observatórios espaciais fazem-nos relembrar esse fascínio pelo astro-rei, que para a
Humanidade só no século XVII com Copernicus passou a situar-se no epicentro do seu próprio agregado
planetário. Em múltiplos aspectos melhor se tenta apurar agora e doravante a sua natureza e a sua
abrangente influência sobre um casulo único – o nosso planeta azul.

Créditos Imagem:

James Douglas; Jeni Holland; NASA; Wikipédia

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