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Duplo F
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“Arrumar a Casa”

Nunca a Casa do Homem, aquela que a todos alberga e pertence, instalada num planeta, que visto da Via Láctea parece azul, nunca ela esteve, tão desarrumada como agora está.

No princípio dos tempos, o espaço era de todos, mas com maior ou menor ambição, ou até capacidade, grupos ou famílias, como lhes queiram chamar, foram demarcando espaços seus, e criando línguas e hábitos próprios, erguendo depois fronteiras que os identificassem, tornando-se Povos e Nações.

Para melhor resguardarem as suas identidades, fizeran Leis suas, e acordaram regras comuns, por todos aceites, que determinavam deveres de vizinhança, e definiam os seus limites. Foi talvez aí, ou talvez por isso, que passaram do arco e da flecha, envenenada ou não conforme a caça, para a bomba que e se dirige a si própria, voando em busca da morte e da destruição, com incrível e perversa precisão.

A Terra também era nessa altura, pertença de outros animais, que na água ou no ar, tinham adaptado a sua vida, mas a esses ,o tal Homo Sapiens foi reduzindo de tal forma o espaço, que findos estes séculos, os reduziu à mínima expressão, deixando alguns à beira da sua extinção. E, calculem, Ele o Sapiens, os apelidou …de selvagens! 

A Casa do Homem nunca foi tranquila; arrumada cada uma a seu jeito, poderia e deveria tê-lo sido, se o vizinho, ou o próprio, não tivessem entre os seus vícios, aparentemente inextinguíveis, uma imparável ambição, um doentio gosto pelo poder, um endémico vício de querer forçar como boa, ou como única, a sua forma de ver e de pensar, e entender até, por vezes, que a força pode substituir a razão

Quando tal acontece, e porque parece que os regras e entraves, e mais as Entidades em devido tempo criadas para as impor, não terem suficiente poder para o fazer, o Homem desarruma a Casa, a sua e a dos outros. 

Sempre me disseram, que quem desarruma, é quem deve voltar a pôr no seu lugar, mas tal poucas vezes   acontece, e lá fica a Casa desarrumada.

Sendo embora verdade que aqui e ali, houve sempre casas desarrumadas, do meu canto me parece, que desta vez, ou  mais uma vez, quando a Paz era precisa para o tanto que há por fazer para matar a fome a quem a tem, ilustrar quem o não é, e garantir que a tranquilidade que faz a vida exista na dose certa, terão de voltar à lista de espera, para  o Homem  empregar o seu tempo a  tentar arrumar uma vez mais  as Casas, vítimas da sua gula e desvario. E tendo de o fazer pelo lado da razão, que é sempre o mais lento, confirmando verdades ou desvios, sem preconceitos, tempo de mais desarranjadas estarão.

E arrumá-las é obrigatório e premente. Haverá quem o não pense? Há: aqueles que já partiram e não voltam.

A missão é difícil e delicada, mas não impossível; e não a empreender, mais o será. Haja real vontade.

Deixemos o Eu, pensemos no Nós

Dizia a minha avozinha, que gostava de dizer coisas acertadas, que: “É a a falar é que a gente se entende!”  

Pois é, mas é a fazer também …

O meu pensamento sobre o assunto:

 “É no bem arrumar, ou não deixar desarrumar…que está o segrêdo.”

Créditos Imagem:

Vinicius “amnx” Amano – Unsdplash Free Photos

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