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O diplomata português, em Paris, assinou mais de 30 mil vistos a judeus

Aristides de Sousa Mendes no Panteão por iniciativa de Joacine Katar Moreira

 |  Alexandra Ferreira  |  ,

A atualidade do dia 19 de outubro de 2021 é marcada pela homenagem do País a Aristides de Sousa Mendes, que hoje passa a ter uma placa com o seu nome no Panteão Nacional, local de repouso e memória para as figuras que mais marcaram a História de Portugal.

A homenagem ao cônsul português em Bordéus, França (que, à revelia das ordens de Salazar, durante a Segunda Guerra Mundial terá assinado mais de 30 mil vistos a judeus e outros cidadãos ameaçados de morte pelos nazis), partiu de uma iniciativa parlamentar da deputada não inscrita Joacine Katar Moreira, tantas vezes criticada pelas suas posições em relação a alguns aspectos da história colonial portuguesa.
Esta iniciativa de Joacine, porém, apresentada no Parlamento em 2019, quando ainda era deputada do Partido Livre, mereceu a aprovação unânime dos deputados em 2020 quando foi discutida na Assembleia.

Hoje, na sua página de Facebook, a deputada congratulou-se pela “Justiça histórica!” que constitui esta homenagem a alguém, que, na sequência da decisão que tomou, caiu em desgraça junto do regime de Salazar e morreu na miséria.

Joacine Katar Moreira alerta porém que as honras de panteão não chegam para fazer justiça a Sousa Mendes: “É preciso, antes de mais, de dar a conhecer o seu legado e de inscrevê-lo nos livros de História.”

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