“Na Roménia, onde visitarei o Contingente Português aqui em missão no âmbito da NATO, venho reiterar que Portugal está desde a primeira hora com os Aliados e respondeu prontamente ao que nos foi solicitado.” – palavras de António Costa no seu Twitter.
O primeiro acordo entre Portugal e a Roménia ao nível militar foi assinado em 1995 e, entre outras consequências, traduziu-se na venda pela parte portuguesa de 17 aviões F-16 à Força Aérea romena.
Recorde-se que, além das tropas nacionais na base de Caracal, no âmbito das relações bilaterais com a Roménia, Portugal contribui ainda com uma unidade de operações especiais, que se encontra na base militar de Târgu Mures, na Transilvânia, que tem prevista uma rotação entre os ramos da Marinha e do Exército e que é constituída por 20 militares, por um período de quatro meses e até um ano.
“Na NATO somos só um, e a ameaça a qualquer um de nós é uma ameaça a todos nós. A nossa defesa começa precisamente aqui na Roménia”, diz o primeiro ministro português entusiasmado com a vista.
“Este é um momento para salientar a unidade da NATO e a capacidade que a Aliança Atlântica tem, em conjunto, de assegurar a sua defesa coletiva”, escreveu António Costa nas redes sociais assim que desembarcou para um périplo a três países: Roménia, Polónia e, por fim, Kiev, Ucrânia, cujo chegada está no segredo dos Deus.
O dia hoje começou cedo com António Costa a reunir-se com o homólogo romeno Nicolae Ciuca.
“Afirmamos o nosso empenho em diversificar as nossas relações, tendo por base as semelhanças entre os nossos países e a importante comunidade romena em Portugal”, disse Costa.
“Áreas como as energias renováveis ou o setor têxtil podem beneficiar deste reforço da nossa relação”, escreveu sobre as primeiras impressões.
“Reuni hoje com Nicolae Ciuca para partilhar impressões com a Roménia sobre como responder à situação no Leste da Europa, assim como aprofundar a nossa cooperação bilateral”, afirma.
“O Acordo de Cooperação em matéria de Defesa, hoje assinado, faz parte deste esforço”, revela António Costa.
“Abordámos os grandes temas da agenda europeia, como a diversificação das fontes de energia da União e o apoio humanitário, financeiro e securitário concedido à Ucrânia”, sublinhou o chefe do Governo português.
“Coincidimos na importância de uma NATO coesa e capaz de fazer face aos desafios da próxima década”, adiantou.
Da assinatura de um novo acordo de cooperação, o primeiro-ministro, António Costa, salientou que, num momento em que é travada uma guerra na Europa, “em clara violação do direito internacional”, é mais importante “do que nunca afirmar a unidade” da NATO.
Sublinhou, por isso, que a “nossa fronteira de segurança começa aqui na Roménia”, assim como “em cada uma das fronteiras externas de qualquer país da NATO”.
“É para nós uma grande honra termos as forças armadas a desempenhar na Roménia a missão que nos foi atribuída pela NATO de reforço da defesa e de capacidade de dissuasão no flanco leste, num momento em que a Europa enfrenta uma atitude beligerante em clara violação do direito internacional, conduzida de uma forma bárbara através da guerra que a Rússia desencadeou contra a Ucrânia”, referiu o responsável, que falava aos jornalistas em Bucareste, ao lado do homólogo romeno, Nicolae Ciucã.
António Costa aproveita bem o dia e visita todos os que tem de oficialmente ver. Também se encontrou com o Presidente da República Romena, KlausIohnnis.
“Nesta primeira visita oficial ao estrangeiro deste mandato, encontrei-me com o Presidente da República da Roménia, KlausIohannis”, diz.
“Reiterámos o nosso compromisso para com a Ucrânia e o seu povo, realçando a importância de uma resposta coordenada de todos os parceiros europeus e aliados atlânticos.”
Quando falava aos jornalista Costa realçou que “a paz na Europa é uma urgência”, sendo, assim, necessário “darmos uma mensagem clara de unidade de força na capacidade de dissuasão e de que não consideraremos qualquer guerra no território da NATO, […] e desde já na Ucrânia, onde deve cessar de imediato esta guerra ilegal”.
Encontrei-me hoje com Ciolacu Marcel, Presidente da Câmara dos Deputados da Roménia. Transmiti-lhe o meu empenho com as nossas relações bilaterais e com o apoio à Ucrânia.
Portugal está disposto a desempenhar um papel construtivo no reforço da resiliência da União Europeia.
Ao final da tarde, António Costa parte para a capital polaca, onde vai jantar com empresários portugueses.