André Silva vai deixar a liderança do PAN e lugar do Parlamento

Ambientalista quer “apanhar o comboio da paternidade“.

André Silva partilhou ao fim da tarde, de hoje, nas redes sociais, a carta que enviou aos filiados e companheiros de causas do PAN sobre a decisão da saída da vida política partidária e parlamentar, com efeito a partir do próximo Congresso, em Junho.

Na carta confessa que está empenhado em “apanhar o comboio da paternidade” visto ter sido “pai há 5 meses”.

“Chegou a hora de mudar. Tendo sido pai há 5 meses, considero que devo apanhar o comboio da paternidade para materializar valores que considero essenciais nas esferas privada e pública”, escreve na carta, sublinhando: “Além de pretender equilibrar a minha vida pessoal e familiar com a vida profissional, carrego a forte convicção de que numa democracia saudável as pessoas não devem eternizar-se nos cargos, devendo dar oportunidade a outras. Ou seja, como muitos sabem, defendo a limitação de todos os mandatos políticos, sejam eles partidários ou em órgãos de poder institucional”, esclarece o político.

“Durante estes anos vivi intensamente os desígnios do PAN, tendo dado o máximo que tenho e da forma que melhor sei. No caminho, cometi erros, tentei aprender com eles e corrigi-los. Abdiquei de muito a nível pessoal para me dedicar à missão de afirmar e fazer crescer o partido, relegando todos os outros aspetos da minha vida”, diz André Silva. “Consequentemente, decidi não me recandidatar a um novo mandato na Comissão Política Nacional, deixando todos os cargos de direção partidária. Vou-me embora tendo presente o patamar de notoriedade atingido pelo partido, bem como as aptidões de ação política e de disputa eleitoral autónoma que adquiriu nos últimos anos”, conclui.

Na missiva, longa, muito longa, André Silva realçou: “Por tudo isto e por toda a mudança que quero que tenha lugar na minha vida, resolvi também renunciar ao mandato de deputado à Assembleia da República, com efeito na data de realização do nosso Congresso no mês de Junho, cumprindo assim meia legislatura e fechando um ciclo pessoal e da vida do partido”, remata.