Ana Obregón, mãe de uma menina de aluguer foi fotografada em exclusivo para a revista espanhola ‘Hola’ a sair de uma clínica em Miami com o bebé nos braços, foi alvo de critícas nas redes sociais. Porém, ela diz: “Vivo de novo”.
A atriz, que perdeu seu filho Aless, de 27 anos, para o cancro, em maio de 2020, foi fotografada exclusivamente pela revista ‘¡Hola!’ a sair de um hospital de Miami com o recém-nascido nos braços.
É a verdadeira novidade do ano no plano dos famosos.
Ana Obregón, atriz, apresentadora e produtora, de 68 anos, tornou-se mãe de uma menina de aluguer.
O bebé é o segundo filho, depois de Aless Lequio, que nasceu da relação com Alessandro Lequio e morreu em maio de 2020, aos 27 anos, devido a um cancro.
A revista Holla!, que é publicada todas as quartas-feiras, adiantou a sua capa para a noite de terça-feira, antecipando as notícias televisivas.
Na fotografia que ilustra a primeira página da publicação, Ana Obregón é vista a sair pela porta do centro médico, localizado em Miami, Flórida, com a menina nos braços.
Conforme explica a manchete da reportagem que acompanha a fotografia, a artista foi à cidade americana buscar a menina há poucos dias e passou quatro dias sozinha à espera do parto.
No dia 18, Obregón fez 68 anos. No dia 20 a menina nasceu e, logo depois, é possível ver a apresentadora a entrar no centro. No dia 22, saiu com a menininha nos braços, que tem o mesmo nome da apresentadora e da mãe dela, Ana.
Às quatro e meia da tarde desta quarta-feira, mais de 12 horas após a divulgação da notícia, Obregón finalmente falou sobre o assunto através do seu perfil no Instagram, onde conta com mais de um milhão de seguidores.
Na publicação pendurou a capa da revista e escreveu “Fomos apanhadas! Uma luz cheia de amor veio iluminar a minha escuridão. Nunca mais estarei sozinha. Eu vivo de novo.” Acompanhe o texto com duas mensagens com tags, “Bem-vindo ao mundo” e “Estou morrendo de amores”. O local de onde localizou a mensagem: “Amor”.
A revista conta que a atriz deixou o centro médico, o Memorial Regional Hospital de Miami, um dos maiores da Flórida, em cadeira de rodas, já que o protocolo assim o exige e foi acompanhada por uma enfermeira até ao carro.
Na reportagem exclusiva a revista explica que Obregón alugou um apartamento com vista para o mar para passar os primeiros dias com o recém-nascido e, quando concluir todas as burocracias legais regressa a Espanha.
Apenas suas irmãs, Celia —que depois contou que estão todas “em estado de choque “— e Amalia, e seu ex-companheiro e pai do seu falecido filho, Alessandro Lequio, souberam dessa decisão.
Lequio explicou na quarta-feira no programa de Ana Rosa, onde colabora, que de fato sabia mas que prefere não comentar: “Com todo meu carinho pessoal e o máximo respeito profissional, espero que entendam que não vou falar nada sobre o assunto, nem agora nem nunca.”
O EL PAÍS entrou em contato com ele que voltou a recusar-se a comentar.
Os últimos cinco anos foram os mais difíceis da vida de Ana Obregón.
No início de 2018, seu filho foi diagnosticado com cancro.
A família tentou os melhores tratamentos em Espanha e nos Estados Unidos.
O filho acabou por morrer, em maio de 2020, no meio de uma pandemia e Ana sofreu a perda praticamente sozinha.
Um ano depois a mãe, Ana María Obregón Navarro, faleceu aos 95 anos.
Por fim, em setembro também ficou sem o pai, o empresário Antonio García Fernández , falecido aos 96 anos.
Durante estes três anos difíceis, Obregón refugiou-se no trabalho. Voltou à televisão apresentando as Campanadas de Televisión Española, algo que já fez em 2020 e 2022 (em 2021 não pôde porque estava doente com covid). Além disso, já participou de outros programas, como Mask Singer , e começou a preparar uma série sobre sua vida.
Há poucas semanas, Ana anunciou que lançaria um livro que o filho não conseguiu terminar de escrever e, no início de fevereiro, lançou uma fundação com o nome do filho mais velho e cujo objetivo é financiar pesquisas contra o cancro.
BARRIGA DE ALUGUER – PRÁTICA ILEGAL EM ESPANHA
Os Estados Unidos, onde as leis de fertilidade dependem dos Estados, é o país que há mais anos realiza processos de barriga de aluguer (uma prática ilegal em Espanha), que podem custar entre 110.000 e 185.000 euros.
Em Miami, por exemplo, existem até seis agências, segundo o site especializado surrogate.com , que atendem tanto quem procura um bebé quanto a possíveis gestantes; Ambas as partes devem ter seus próprios advogados do início ao fim do processo.
Os Estados Unidos e o Canadá são alguns dos países que emitiram uma decisão judicial, posteriormente reconhecida pelas autoridades espanholas para o registo do recém-nascido.
O Estado da Flórida considera o processo totalmente legal.
Já o reconhecimento da filiação em Espanha não é automático , mas uma vez iniciado, é realizado um procedimento judicial pelo qual é emitida uma sentença que declara a filiação dos pais. Em 2010 o Governo espanhol aprovou uma instrução que permite o registo destes bebés com base no “melhor interesse” do menor.
Ao contrário do Canadá, Estados Unidos, Rússia, Ucrânia, Geórgia ou Reino Unido, o processo e a execução de uma barriga de aluguer em Espanha são ilegais pela lei de 2006 sobre técnicas de reprodução assistida.
De acordo com este regulamento, em Espanha é totalmente proibido realizar o processo de barriga de aluguer ou barriga de aluguer, uma vez que a filiação legal do menor está diretamente ligada ao nascimento e não por vínculo genético.
O Governo espanhol reconhece os filhos nascidos por barriga de aluguer por força de uma instrução da Direcção-Geral dos Registos e do Notariado, aprovada em 2010, o que é uma opção legal, mas apenas válida para alguns casos: aqueles em que há uma decisão prévia prova legal de filiação no país onde decorre o processo. Ocorre nos Estados Unidos e parte do Canadá.