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Ales Bialiatski e duas organizações, uma russa e outra ucraniana, vão dividir o prémio

Advogado bielorusso defensor dos direitos humanos ganha Nobel da Paz 2022

 |  Alexandra Ferreira  |  ,

Ales Bialiatski, da Bielorrússia, e as organizações de defesa dos direitos humanos Memorial, da Rússia, e Centro de Liberdades Civis, da Ucrânia, são os laureados com o Nobel da Paz deste ano.

Porém, horas depois de anunciado o prémio, o tribunal distrital de ​​​​​​​Tverskoi, em Moscovo, determinou a expropriação a favor do Estado da sede da organização não-governamental (ONG) Memorial.

Esta ONG nem teve tempo para celebrar a vitória já que viu logo as autoridades russas apreenderem a sua sede na rua Karetniy Riad, na capital russa.

O Prémio Nobel da Paz 2022 foi atribuído esta sexta-feira a Ales Bialiatski, da Bielorrússia, e às organizações de defesa dos direitos humanos Memorial, da Rússia, e Centro de Liberdades Civis, da Ucrânia, anunciou o Comité do Nobel.

Ales Bialiatski, advogado de 60 anos, atualmente preso na Bielorrússia, fundou a organização Viasna (Primavera), em 1996, para ajudar presos políticos e as suas famílias, na sequência da repressão do regime do Presidente Alexander Lukashenko.

A organização russa Memorial foi criada em 1987, para investigar e registar crimes cometidos pelo regime soviético, mas tem denunciado violações de direitos humanos na Rússia.

O Centro de Liberdades Civis surgiu em Kiev, em 2007, para fazer avançar os direitos humanos e a democracia na Ucrânia.

Os laureados são de três países que estão atualmente em foco devido à invasão russa na Ucrânia, iniciada a 24 de fevereiro, com o apoio da Bielorrússia, país aliado de Moscovo.

A presidente do Comité Nobel norueguês, Berit Reiss-Andersen, disse que os laureados representam a sociedade civil nos três países.

“Há muitos anos que promovem o direito de criticar o poder e proteger os direitos fundamentais dos cidadãos. Têm feito um esforço notável para documentar crimes de guerra, abusos dos direitos humanos e abuso de poder”, disse.

“Juntos, demonstram o significado da sociedade civil para a paz e a democracia”, acrescentou Reiss-Andersen.

Em 2021, o Nobel da Paz foi atribuído aos jornalistas Maria Ressa, das Filipinas, e Dmitry Muratov, da Rússia, pela defesa da liberdade de imprensa e de expressão.

 

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