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MARISA TEIXEIRA
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A nova vida de Ravi

O Ravi é um cão que me foi trazido pela Maria Chaveiro, uma protectora dos animais, porque precisava de começar a mexer-se para não ficar sem andar para sempre. Foi resgatado, na zona de Almada,  tinha chovido muito, tinha uma temperatura de 32 graus e hipotermia. Estava pele e osso e jazia numa valeta onde se deitou à espera da morte.

O que me foi contado pela Maria é que “o Ravi é de longe o cão que já vi em pior estado, ele estava num sono profundo e tentava acordar mas não conseguia pois o corpo dele perdeu as forças. Quando o resgatei ele é era pele e osso literalmente”.

Rapidamente foi levado ao veterinário onde esteve monitorizado para a pressão arterial não baixar, onde esteve com uma sonda para ser alimentado, soro fisiológico e tomaou antibióticos para uma gastroenterite. Tinha uma devastadora dermatite que foi tratada”.

O que vos sei dizer é que o caso do Ravi teve muito impacto nas redes sociais, o que foi bom pois permitiu a doação de dinheiro para tratar a saúde do Ravi num veterinário. O despite que fez a doenças deu negativo.

Segundo o que me disse a Maria Chaveiro, o Ravi estava deitado numa valeta, à espera da morte.
“Foi o cão da valeta, o cão que esperava a morte pois já não tinha força para mais, estava cansado de sofrer, o cão que é literalmente pele e osso, o estômago dele estava parado e tinha uma gastroenterite severa, que está a melhorar, era o cão que não queria mais viver”.
A Maria Chaveiro pediu-me ajuda e foi buscar o Ravi a quem o resgatou e tratou na margem sul e que não tinha condições na casa para manter por lá o Ravi, e trouxe-o até ao Algarve para o nosso cantinho onde já o esperava um espaço à sua medida.
Hoje o Ravi já não é o cão da valeta. O Ravi está connosco no refúgio e já corre atrás da ‘paparoca’. Tem um espaço só dele até estar completamente recuperado.
Quando me contactaram a pedir ajuda para o Ravi e depois de me contarem a história dele, decidi prontamente ajudá-lo e aceitá-lo no refúgio. O Ravi tem imensas artroses, custa-lhe ainda andar mas a respeito da magreza já está a engordar. Pouco a pouco. É um cão muito doce e agradecido por ter sido salvo da morte certa. Os animais são agradecidos. Nunca esquecem quem os salva.
Durante a sua permanencia do veterinário esteve quase quase a morrer. Mas foi superando sempre e ganhou imensos fãs no Facebook da Maria Chaveiro, pessoas que ajudavam com dinheiro para a sua recuperação. E assim depois de muitas prostações, sem vontade de se mexer e à beira de sucumbir foi enganando a morte.
Quando saiu do veterinário ainda fez fisioterapia. Mas o que o RAVI precisava era de um espaço onde pudesse correr e desenvolver os muscúlos. E foi por isso que acabei por acolher o Ravi no refúgio.
Ainda não passaram muitos dias desde quer o Ravi passou a ser membro do refúgio e já anda. É tratado com tanto azmor quanto possível e como é um menino a precisar de atenção fisíca, tem uns cuidados extras. Ele precisava de um espaço onde pudesse andar à vontade e com um psio onde ele não escorregue e se sinta confortável e seguro. Se assim não for, cada vez atrofia mais.
E porque vos contei a história do Ravi? Porque há muitos Ravis por este Portugal fora e é raro quem pára para recolher ou ajudar um cão moribundo. O que nos vale é haver protectores de animais por todo o lado e cada vez mais.
Só que muitas vezes quem o faz recolhendo e assegurando custos veterinários não tem espaço onde meter o resgatado depois de tratado. Escrevo isto para ver se consigo mexer com o coração de todos para que ajudem pois haverá no fim sempre uma solução.
Já sabe, se puder e gostar de animais, ajude todos os meses uma associação ou não faça vista grossa aos pedidos de ajuda de protectores particulares. É difícil resgatar e pagar contas. Não somos pessoas ricas, longe disso, e se todos pudermos contar com a ajuda e o apoio da sociedade civil já é meio caminho andado.

Créditos Imagem:

DR

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