Ontem como hoje, um dos mais belos espetáculos do mundo, é uma noite de Lua cheia.
Com a liberdade literária que a fantasia permite, deixem-me chamar à Lua, “A lamparina da noite”.
Essa luz única, suave e tranquila, quase doce, foi no meu tempo o pano de fundo mais desejado pelos casais de namorados, que o procuravam para sonhar com um futuro, que nem sempre acontecia. Diziam os poetas, que ao luar era mais fácil rimar, e por isso, à luz da Lua se fizeram os mais sentidos poemas.
Foi tempo…
Não me parece ser hoje tão desejada a Lua, pese embora o facto de “andar na lua” cada vez mais gente; outras luas são essas, contudo, sem o doce e tranquilizador efeito, do fiel satélite da Terra.
Em contrapartida, sabe-se agora mais da Lua do que se sabia nos tempos de romantismo; a insaciável curiosidade humana, levou o irrequieto bicho-homem à Lua, numa espantosa aventura, inacreditada ainda hoje por muitos; explorou-se então o seu solo, e milhares de impressionantes imagens foram mostradas, dos seus vales e crateras.
Não foi a Lua que solicitou a visita, mas aceitou-a, continuando a dar à noite a luz que nos intrigava e comprazia. Mas, ou me engano muito, ou perdeu, para quem dela ainda dá conta, muito do fascínio dos meus tempos de miúdo, o que é uma pena e uma perda.
Mas saibam todos que me seguem, que muito em breve acontecerá uma segunda visita â Lua, e desta vez, para não fugir à moda, haverá certamente selfies entre Ela, a Lua, e os astronautas…mas não parece estar previsto ainda, o estabelecimento dum turismo lunar, ao alcance de lunáticos mais abonados, ou de emigrantes em busca de melhor vida.
Já agora lhe pergunto: Há quanto tempo não olha para a Lua?
Deixe em casa o telemóvel, respire fundo, esqueça tudo o que o preocupa, e sem tempo contado, veja com olhos de ver, o quadro sublime e singular, da “lamparina da noite” …sem ter de pagar bilhete.
Vai agradecer-me.
O pensamento da semana? Aqui fica:
- Cada qual tem sua lua…sem disso ter culpa alguma, a própria Lua!