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Duplo F
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A guerra e a paz

O título pode recordar-vos um dos mais famosos e extensos romances da literatura mundial, escrito pelo grande Tolstoi, que fui lendo, tinha para aí catorze anos; mas não, nem o título é exactamente o mesmo, nem o conteúdo é romanceado; são apenas reflexões minhas, sobre a paz e a guerra de que a Vida é feita.

Filosoficamente podemos dizer que a vida é uma sequência guerra e de paz; de guerra no sentido da luta que se trava para sobreviver, aprender, superar ou sobrepor, e de Paz pela busca duma convivência pacífica, duma aceitação dos outros que muitas vezes nos foge ou de que nós fugimos, e do amargor que dessa luta resulta.

Sendo a guerra a mais fácil de estabelecer, e parecendo até que o Homem dela gosta, é a guerra que mais domina, durante o tempo que nos reserva a vida. E não tem sentido.

Já a paz, e a serenidade que dela deriva, sendo a mais difícil de conseguir, é a que nos acompanha menos tempo. E bem por culpa nossa.

Quantas vezes guerras e inimizades se levantam sem motivo, ou por ridículos nadas, coisa de que só nos damos conta, quando, mais velhos, e se supõe mais lentos, mas mais sábios e tolerantes,

, deles nos arrependemos tardiamente.

Se a Guerra armada rouba a vida de inocentes intervenientes, e dos que por perto andam, até em hospitais onde buscam desesperada sobrevivência, ou na escola que os acolhe, e julgavam estar em paz, noutras guerras nos metemos, também inúteis , que se não matam… moem, tirando à vida beleza e justa tranquilidade.

São guerras movidas pela ambição, por um ego activo e cego, que não aceita a derrota, nem a diferença, nem opinião que não seja a sua. As armas dessas guerras são a atitude e a palavra, a soberba e o complexo. E nessas inúteis disputas,se diz mal, quando há também bem a dizer, se se apontam defeitos que nós próprios temos, e quando  se corrói um entendimento é apenas para mostrar posição, e não para ensinar a razão.

Com isso se perde a tal paz, que gera a serenidade que tanto buscamos. Aceitemos a culpa.

A luta só é saudável e útil, se não se não tornar uma guerra.

Porque não dizemos bem, quando o tivermos paro dizer, precisamente daqueles de quem não gostamos?

Será assim tão difícil aceitar uma boa ideia se ela não for nossa?

É fácil e é justo, todos sabemos, mas disso nos esquecemos a todo o instante.

Claro que não podemos andar de sorriso na boca o dia inteiro, claro que temos de ganhar e de perder, claro que temos de ter razão se a soubermos ganhar, mas se vivermos em surda guerra aberta, a paz que almejamos, estando lá, não terá espaço para se mostrar.

Mas quem sou eu, que fiz o mesmo…

Estou apenas a pensar, dando razão ao título que hoje escolhi: a Paz e a Guerra da vida, são uma constante, que nós e só nós podemos controlar, para que juntos, sejamos todos

E aqui fica o meu pensamento sobre o assunto:

                       “A Guerra pode ter Paz… Assim o queiramos…”

Créditos Imagem:

Stijn Swinnen;

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