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Duplo F
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“A Bebinca”

Para além do bom Caril, de que falei na crónica anterior, a região de Pangim, ou Nova Gôa, é também muito conhecida pela excelente doçaria que produz, com origens que se perdem na vastidão do tempo.

Continuamos assim na Índia, para vos falar de um doce extraordinário, que se pode servir após o tal prato de Caril, e que tem o curioso nome de Bebinca.

O que a palavra Bebinca significa, no falar popular do Alto Minho, é: engenhoca. E na verdade o bolo é engenhoso, saboroso e bem trabalhoso na sua confecção, como vão ver.

O nome completo dessa delícia, é de facto “Bebinca de sete folhas”, pelo facto de ter sete camadas diferentes, feitas individualmente, cada qual com o seu sabor, suficientemente húmidas para se manterem coladas umas sobre as outras, como um todo, que se pode cortar em fatias quando é servido.

Como cada uma das camadas, ou folhas, tem ingredientes diferentes e formas diversas de ser feita, passando cada uma pelo fôrno, quase um dia é ocupado em as preparar para a fusão final.

A “Bebinca de sete folhas”,  a tal talentosa engenhoca doce, oferece assim em cada dentada, sete deliciosos sabores, de cor diferente  e suave estrutura, que só comendo…

Entre os ingredientes, e apenas aponto alguns entre os menos usuais, está o Cardomomo, a Massala, Pau de Canela, Noz moscada, Leite de Coco, Calda de Mel, e o Açúcar de Cana.

Num bom Restaurante Indiano se serve, e até em casa o faz, quem sabe claro, com muito carinho e elevada paciência.

O que é doce nunca amargou, há muito todos nós o sabemos… é só provar.

Mas para fazer Bebinca de Sete Folhas…para isso, há que amargar!

O meu pensamento sobre o assunto:

“Entre o amargo e o doce a vida se faz…”

Créditos Imagem:

Wikipedia

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